Oi, pessoal. Eu disse que viria o mais rápido possível para falar sobre o primeiro livro concluído do Desafio Livrada e aqui estou. O livro se chama “A Fome de Nelson” e é o primeiro romance de Adriana Armony, autora formada em Letras pela UFRJ. Pra ser honesta, comprei esse livro por acaso enquanto passava por uma feira do livro que ocorre na rodoviária de Campinas e na verdade não sabia muito bem do que este se tratava. Confesso que me interessei por causa de uma referência à Dostiévski na contracapa. O livro é uma ficção histórica que retrata um episódio da vida de Nelson Rodrigues – jornalista e escritor brasileiro -, em que ele se encontra tuberculoso, é rejeitado pela mulher amada, Eros Volúsia, e passa uma temporada no sanatório de Campos do Jordão. Basicamente, a história é sobre esse período em que Nelson ficou confinado no sanatório, narrando as amizades e inimizades que fez por lá e, sobretudo, como ele se tornou um dramaturgo tão importante nessa época de sua vida. É um livro legal, mas me senti indiferente ao lê-lo e acho que isso se deve ao fato de que eu não conhecia Nelson Rodrigues até então e nunca li nenhuma de suas obras. Desculpem-me por isso se por acaso vocês o conhecem e o admiram.
Acontece que me interessei em conhecê-lo por um motivo bem bonito: o escritor era um fiel leitor de Dostoiévski e quem me conhece sabe bem como eu admiro o renomado autor russo. Inclusive, a autora de “A Fome de Nelson” estudou o jornalista para realizar sua tese de doutorado, cujo nome é “Nelson Rodrigues, Um Leitor de Dostoiévski”. Infelizmente, não é um livro que eu recomendaria – ao menos, não ainda, pelos motivos que expliquei anteriormente. Mas talvez seja um bom livro para os fãs do jornalista que provavelmente gostariam de, de certa forma, viver um episódio um tanto divertido, maluco e também um pouco conturbado de sua vida.